Segurança

Última moradora da Estrada do Engenho será realocada na Vila Farroupilha

Família foi contemplada pela Prefeitura com um terreno para moradia mais digna; moradores viviam em meio a demolição e sem energia elétrica

Foto: Volmer Perez - DP - Família ganhou um novo lar em local com saneamento básico e infraestrutura

Antes sem nenhuma perspectiva sobre o que seria da sua vida com três filhos pequenos e sem moradia, agora a última residente da Estrada do Engenho pode ao menos planejar o futuro próximo na segurança de um lar. Após a Prefeitura conseguir um terreno para Andressa Alves, ela e a família se mudarão para a Vila Farroupilha, em um local com as condições mínimas que antes ela não tinha acesso, como saneamento básico e infraestrutura. A área está sendo aterrada e preparada para nos próximos dias estar apta para a montagem do chalé da moradora.

Dessa vez, a retroescavadeira que recolhia sedimentos não causava medo e ansiedade em Andressa, pois diferente da Estrada do Engenho, a máquina trabalhava para possibilitar a construção da sua casa e não a demolição da estrutura. No novo endereço, o cenário é de maior desenvolvimento. Ao invés de chão batido, os moradores irão caminhar em rua pavimentada. Já a paisagem de montanhas de entulhos será substituída por residências de vizinhos, que inclusive já foram dar as boas vindas.

Somente com a mudança de ambiente, a jovem de 24 anos constata que ali será possível construir um futuro melhor para ela e as crianças. "Eu estou muito feliz, agora eu estou descansada", diz ao explicar que agora não teme mais ficar sem um teto. A partir da mudança, os planos de Andressa são colocar as crianças em escolas do bairro e procurar um emprego. "Daqui a um tempinho começar a trabalhar e só ir melhorando".

Antes morando no escuro, devido ao corte de energia elétrica, na Vila Farroupilha, a rua que residirá a família conta com iluminação pública de led. São detalhes que começam a mudar para melhor a vida da família. Nas últimas semanas na Estrada do Engenho, enquanto avançava a demolição, Andressa não sabia o que dizer para as crianças. "Ela mesmo [Alana, sete anos] já é maiorzinha, faz pergunta e sobre isso a gente nem tem o que responder, tem que inventar alguma coisa , até mentir muitas vezes". Conhecendo a nova moradia, a menina já planejava brincar em frente de casa. "Gostei da pracinha, tem que encher o pneu da minha bicicleta para andar", diz.

Mobilização

A prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) foi quem apresentou a Andressa o terreno que foi cedido para a moradia. Conforme a gestora municipal, devido a jovem ter se mudado para a Estrada do Engenho há quatro meses, ela não estava no monitoramento do Município e diante disso Paula não tinha conhecimento da situação. "Estava vindo de Porto Alegre, às seis da manhã, abro o Diário Popular e vi a questão da Andressa. Tinham roubados os fios, sem luz com crianças, tínhamos que resolver isso", relata. A previsão inicial para o realocamento da família era de 45 dias, o prazo diminuiu para poucos dias, pois uma força tarefa com equipes da Secretaria de Obras e de Habitação foi formada para preparar rapidamente o terreno para a colocação do chalé.

Atualmente, máquinas estão realizando o aterramento do local e o sistema de água está sendo ligado. "Importante dizer que isso porque era uma mulher com três crianças em uma área que já estava virando uma terra de ninguém porque está em demolição, foi uma questão emergência", destaca a prefeita ao relembrar que muitas mães em situação semelhante também aguardam uma moradia.

Andressa também foi inserida na lista de pessoas que podem ser beneficiadas pelas políticas habitacionais como Minha Casa, Minha Vida e Avançar na Habitação. "Que a gente possa substituir essa casa futuramente por uma moradia com mais funções, com dignidade", conclui Paula.

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